Boa Noite
Notívagos...O Livro Que Mais
Marcou Minha Infância,e é Ate Hoje Um Dos Meus Livros Favoritos é Fiz o Que Pude,De
Lucília Junqueira de Almeida Prado,Nele Eu Aprendi Desde Cedo,Que Sempre Temos
Que Fazer a Nossa Parte. O Livro Abriu Minha Mente Sobre Tudo e Todos Na Sociedade
Em Que Vivemos, e Mesmo Sendo Criança Na época Eu Aprendi Que As Coisas Só Mudam
De Verdade Quando Cada Indivíduo Faz a Sua Parte No Mundo, Pois Nada Muda Se Você Não Mudar. Com a história do
valente passarinho que não deixa de fazer a sua parte, o autor nos apresenta a
floresta como a generosa mãe que tudo dá, e os animais como os filhos cheios de
gratidão e reconhecimento pelas dádivas recebidas. Mas esta não é meramente uma
história sobre a preservação do meio ambiente. É, mais do que isso, uma lição
de cidadania. De um modo gostoso e descomplicado, o pequeno leitor pode ir
tomando consciência de que ele também pode fazer a sua parte.
Autora: Lucília
Junqueira de Almeida Prado
Editora Moderna: Coleção Girassol
Editora Moderna: Edição 1995 - ReEdição Em 2002
A história de uma
floresta muito linda, muito grande, com árvores altíssimas, sombras
refrescantes. As árvores davam flores o ano inteiro. Os bichos assim diziam
satisfeitos :
- Vejam as flores
amarelas daquele ipê!
Nem o ouro é tão
brilhante, colírio para os olhos, fartura para as abelhas...
Nela moravam animais de todas as espécies e
jeitos, e cores. Uma vez por mês todos
se reuniam e cada um dava seu palpite, sugestão, ou reclamação. Comentavam
sobre o doce mel das abelhas, as folhas que caiam etc....
Desde as minúsculas formigas até a musculosa onça-pintada participava da
confabulação. O sr. macaco aconselhava:
- Não devemos nos
lembrar só o que a floresta pode fazer por nós, mas do que nós podemos fazer
por ela. Todos batiam palmas.
Cada um dava seu
palpite de como poderiam cuidar mais da floresta, que afinal era casa de todos.
No entanto havia um
passarinho, pequenino, de uma cor que ninguém sabia dizer qual era, nem marrom,
nem cinza, nem bege, um passarinho muito sem graça. Ele nunca dava palpites e
dizia que saber escutar os conselhos e as idéias dos outros também tem seu valor.
Até que um dia, sem
ninguém saber de onde, veio o fogo. Muito alto e com muita força ia destruindo
a floresta tão amada por todos. Os animais apavorados só pensavam em fugir.
Só ficou o passarinho
sem graça. Resolvera não fugir, pensando:
" Ué! Não é
agora a hora de fazer alguma coisa pela floresta? Ela que até hoje só nos
protegeu?"
E, voando até a
nascente do riacho, encheu o bico de água, que veio derrubar o sobre o fogo da
floresta. A minúscula quantidade de água sobre o fogaréu imenso. E voava da
mata para o riacho, incansável. Depois de muito tempo, o fogo foi baixando e os
outros bichos, admirados com a valentia do passarinho, voltaram para lhe
perguntar:
- Mas de que adianta todo seu esforço?
- Você não conseguirá
apagar o fogo da floresta...Então ele disse:
- Sei disso, mas.
quando o fogo se apagar e o chão estiver coberto de cinzas, se me perguntarem o
que fiz para evitar a destruição, posso responder: "FIZ O QUE PUDE "!
= Lucília
Junqueira De Almeida Prado é Uma Importante Autora Brasileira. Ela Passou a
infância numa fazenda perto de Conquista, no Triângulo Mineiro, até que voltou
para sua cidade natal, São Paulo, para fazer o ginásio. Terminado o curso, fez
secretariado, além de cursos de inglês, francês e literatura. Aos 19 anos,
casou-se e voltou a morar numa fazenda, no interior paulista. Lucília tem cinco
filhos, onze netos e seis bisnetos. É autora de 65 livros infantis e juvenis e
dez livros de contos. Com Uma rua como aquela, marcou a renovação da literatura
brasileira destinada a jovens e recebeu o Prêmio Jabuti, em 1971. Ganhou mais de
oito premios, entre eles o Pen Clube Internacional. A Autora Lucília Junqueira
de Almeida Prado nasceu em São Paulo. Passou todo sua infância numa fazenda
perto da cidade de Conquista, no Triângulo Mineiro. Voltou a São Paulo para
fazer o ginásio no Colégio das Cônegas de Santo Agostinho. Terminando este
curso, fez Secretariado, Aliança Francesa, Cultura Inglesa e alguns cursos de
literatura. Sempre gostou muito de português e do professor da matéria José
Adelino D' Azevedo, guarda as melhores recordações e a alegria de ter sido ele
o primeiro a vaticinar que ela seria escritora. Chamava-a para ler suas
composições e narrações, de frente para a classe, sobre o estrado onde ficava
sua escrivaninha. Quando terminava, ele que era português nato, tendo um metro
e meio de altura, passava o braço pelas suas costas e dizia: “A m'inina vai ser
escritora! A m'inina vai ser escritora!” Aos 19 anos casou-se com um fazendeiro
e voltou a morar numa fazenda entre as cidades de Orlândia e Morro Agudo. Assim
realizou um sonho: voltar a morar no interior com tempo para muito escrever.
Tem cinco filhos, onze netos e, por enquanto quatro bisnetos. Este é seu
segundo livro de contos para adultos, pois que o primeiro chama-se “Cheiro de
Terra”. Até eles, escreveu 65 livros para a infância e juventude. seu
segundo livro “Uma rua como aquela” ganhou o Jabuti 1971. Tem mais 8 prêmios
sendo o mais importante o do “Pen Clube Internacional” pelo conjunto de suas
obras. Lucília foi presidente da “Academia Brasileira de Literatura Infantil e
Juvenil” nos anos de 1980 e 1981. Em 1980 ganhou o diploma “Personalidade do
Ano”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário