quarta-feira, 26 de abril de 2017

Lucília Junqueira De Almeida Prado Fiz o Que Pude

Boa Noite Notívagos...O Livro Que Mais Marcou Minha Infância,e é Ate Hoje Um Dos Meus Livros Favoritos é Fiz o Que Pude,De Lucília Junqueira de Almeida Prado,Nele Eu Aprendi Desde Cedo,Que Sempre Temos Que Fazer a Nossa Parte. O Livro Abriu Minha Mente Sobre Tudo e Todos Na Sociedade Em Que Vivemos, e Mesmo Sendo Criança Na época Eu Aprendi Que As Coisas Só Mudam De Verdade Quando Cada Indivíduo Faz a Sua Parte No Mundo, Pois Nada Muda Se Você Não Mudar. Com a história do valente passarinho que não deixa de fazer a sua parte, o autor nos apresenta a floresta como a generosa mãe que tudo dá, e os animais como os filhos cheios de gratidão e reconhecimento pelas dádivas recebidas. Mas esta não é meramente uma história sobre a preservação do meio ambiente. É, mais do que isso, uma lição de cidadania. De um modo gostoso e descomplicado, o pequeno leitor pode ir tomando consciência de que ele também pode fazer a sua parte.
Autora: Lucília Junqueira de Almeida Prado
 Editora Moderna: Coleção Girassol
Editora Moderna: Edição 1995 - ReEdição Em 2002
A história de uma floresta muito linda, muito grande, com árvores altíssimas, sombras refrescantes. As árvores davam flores o ano inteiro. Os bichos assim diziam satisfeitos :

- Vejam as flores amarelas daquele ipê!

Nem o ouro é tão brilhante, colírio para os olhos, fartura para as abelhas...

 Nela moravam animais de todas as espécies e jeitos, e cores. Uma vez por mês  todos se reuniam e cada um dava seu palpite, sugestão, ou reclamação. Comentavam sobre  o doce  mel das abelhas, as folhas que caiam etc.... Desde as minúsculas formigas até a musculosa onça-pintada participava da confabulação. O sr. macaco aconselhava:

- Não devemos nos lembrar só o que a floresta pode fazer por nós, mas do que nós podemos fazer por ela. Todos batiam palmas.

Cada um dava seu palpite de como poderiam cuidar mais da floresta, que afinal era casa de todos.

No entanto havia um passarinho, pequenino, de uma cor que ninguém sabia dizer qual era, nem marrom, nem cinza, nem bege, um passarinho muito sem graça. Ele nunca dava palpites e dizia que saber escutar os conselhos e as idéias dos outros também  tem seu valor.

Até que um dia, sem ninguém saber de onde, veio o fogo. Muito alto e com muita força ia destruindo a floresta tão amada por todos. Os animais apavorados só pensavam em fugir.

Só ficou o passarinho sem graça. Resolvera não fugir, pensando:

" Ué! Não é agora a hora de fazer alguma coisa pela floresta? Ela que até hoje só nos protegeu?"
E, voando até a nascente do riacho, encheu o bico de água, que veio derrubar o sobre o fogo da floresta. A minúscula quantidade de água sobre o fogaréu imenso. E voava da mata para o riacho, incansável. Depois de muito tempo, o fogo foi baixando e os outros bichos, admirados com a valentia do passarinho, voltaram para lhe perguntar:

- Mas  de que adianta todo seu esforço?

- Você não conseguirá apagar o fogo da floresta...Então ele disse:

- Sei disso, mas. quando o fogo se apagar e o chão estiver coberto de cinzas, se me perguntarem o que fiz para evitar a destruição, posso responder: "FIZ O QUE PUDE "!
= Lucília Junqueira De Almeida Prado é Uma Importante Autora Brasileira. Ela Passou a infância numa fazenda perto de Conquista, no Triângulo Mineiro, até que voltou para sua cidade natal, São Paulo, para fazer o ginásio. Terminado o curso, fez secretariado, além de cursos de inglês, francês e literatura. Aos 19 anos, casou-se e voltou a morar numa fazenda, no interior paulista. Lucília tem cinco filhos, onze netos e seis bisnetos. É autora de 65 livros infantis e juvenis e dez livros de contos. Com Uma rua como aquela, marcou a renovação da literatura brasileira destinada a jovens e recebeu o Prêmio Jabuti, em 1971. Ganhou mais de oito premios, entre eles o Pen Clube Internacional. A Autora Lucília Junqueira de Almeida Prado nasceu em São Paulo. Passou todo sua infância numa fazenda perto da cidade de Conquista, no Triângulo Mineiro. Voltou a São Paulo para fazer o ginásio no Colégio das Cônegas de Santo Agostinho. Terminando este curso, fez Secretariado, Aliança Francesa, Cultura Inglesa e alguns cursos de literatura. Sempre gostou muito de português e do professor da matéria José Adelino D' Azevedo, guarda as melhores recordações e a alegria de ter sido ele o primeiro a vaticinar que ela seria escritora. Chamava-a para ler suas composições e narrações, de frente para a classe, sobre o estrado onde ficava sua escrivaninha. Quando terminava, ele que era português nato, tendo um metro e meio de altura, passava o braço pelas suas costas e dizia: “A m'inina vai ser escritora! A m'inina vai ser escritora!” Aos 19 anos casou-se com um fazendeiro e voltou a morar numa fazenda entre as cidades de Orlândia e Morro Agudo. Assim realizou um sonho: voltar a morar no interior com tempo para muito escrever. Tem cinco filhos, onze netos e, por enquanto quatro bisnetos. Este é seu segundo livro de contos para adultos, pois que o primeiro chama-se “Cheiro de Terra”. Até eles, escreveu 65 livros para a infância e juventude. seu segundo livro “Uma rua como aquela” ganhou o Jabuti 1971. Tem mais 8 prêmios sendo o mais importante o do “Pen Clube Internacional” pelo conjunto de suas obras. Lucília foi presidente da “Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil” nos anos de 1980 e 1981. Em 1980 ganhou o diploma “Personalidade do Ano”.

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