Boa Noite
Notívagos...Depois
de Anos dedicada à música Pop e Eletrônica, a cantora Wanessa anunciou uma nova
fase da carreira, com empresário sertanejo.
O trabalho da artista, antes administrado pelo marido dela, Marcos
Buaiz, está a cargo do escritório de Wander de Oliveira, responsável por vários
artistas sertanejos. Wanessa Camargo divulgou “Vai que vira amor”, é uma música
simples, com letra romântica junto a elementos de arrocha, gênero que mistura a
música sertaneja com o forró. Canção já soma mais de 50 mil visualizações no
YouTube. Wanessa, que já teve uma fase na música romântica e outra no pop,
agora aposta em um estilo sertanejo romântico. Junto à música, foi lançado um
vídeo, no qual a cantora aparece em estúdio cantando, dançando e se divertindo
durante a gravação. Vai que vira amor é o segundo single dessa nova fase da
carreira de Wanessa. O primeiro foi Coração embriagado, uma balada sertaneja
que foi responsável por inaugurar o estilo na voz da cantora. Apesar das duas
canções, a artista ainda não confirmou uma data de lançamento para seu novo
trabalho, mas tudo indica que ele seja lançado ainda neste ano.
Wanessa Camargo está
de volta. Agora com o sobrenome que havia abandonado em 2009, a cantora também
mudou o rumo de seu trabalho: trocou a diva pop,que se encaminhava para uma
carreira internacional,pela romântica sertaneja. Ela Diz:"Eu estava indo
para um trabalho que seria muito rápido de fazer, no caminho de 'Shine It On',
já tinha até escolhido algumas músicas. Mas olhei para o trabalho e estava sem
tesão, sem a paixão. Estava fazendo por fazer. Foi quando parei tudo e pensei
em tentar compor de novo". contou ela ao UOL, no escritório do marido
Marcus Buaiz, em São Paulo. Para este recomeço, ela lançou o single
"Coração Embriagado". Em quatro dias disponível na web, a música
chegou a 200 mil audições. Ainda que os números não sejam tão expressivos como
os de "Fly" em sua era pop [2007 a 2013], quando ela batia Fergie e
seu Black Eyes Peas em execução nas rádios, Wanessa jura estar satisfeita. Ela
Diz: "Lógico que quero aprovação do público, show lotado, me sustentar e
ganhar dinheiro com o meu trabalho. Mas, para que isso aconteça, eu tenho que
estar satisfeita e feliz. As pessoas falam de modinha, mas cabe a você saber o
peso do que as pessoas falam. E eu sei o que sou, sei a minha verdade".
= Desde o disco
"DNA" (2011) você não lançava um álbum de estúdio. Por que tanto
tempo?
Fiquei um ano parada
depois do meu segundo filho [João Francisco, em 2014], mas este momento foi
muito importante para mim. Eu estava indo sem saber se era aquele caminho
[musicalmente] que eu queria tomar. Estava indo para um trabalho que seria
muito rápido de fazer, no caminho de "Shine It On", já tinha até
escolhido algumas músicas. Mas olhei para o trabalho e estava sem tesão, sem a
paixão. Estava fazendo por fazer. Foi quando parei tudo e pensei em tentar
compor de novo. O processo começou em maio de 2015 e agora estou entregando
esse trabalho.
= Com a divulgação da
música "Coração Embriagado", percebemos uma nova Wanessa. É isso que
podemos esperar nessa fase?
Também nunca me vi
assim, mas o sertanejo é algo muito natural para mim. Cresci em volta de moda
de viola de raiz, então para mim não é um mundo estranho. O álbum
"Total" (2007), antes da minha virada para o pop, tem várias
sonoridades assim e realmente já me senti meio vazia para aquele tipo de
trabalho. Queria testar outra coisa. Como sou uma pessoa eclética na música, do
pop ao rock, são coisas que eu sempre quero colocar no trabalho. Estou buscando
definições diferentes até morrer, quero estar em mutação porque isso me faz
crescer e evoluir. Não é que eu não tenha uma personalidade. Tenho e sei para
onde quero ir. Quero poder ir para qualquer lugar onde eu quiser. A minha
personalidade é buscar mudança e transformação.
= Em 2009 você deu
uma entrevista dizendo que respeitava a música sertaneja, mas que não era o
tipo de trabalho que queria fazer. O que te fez mudar de ideia nesses oito
anos?
O que mudou é que
você começa a ver outras coisas, e gosto é isso. Em 2009 eu estava ouvindo
Madonna, Beyoncé e a identidade tem a ver com isso. Naquele momento era aquilo
que eu queria explorar e isso muda. Comecei a ouvir algumas músicas dentro do
sertanejo e fui me apaixonando, comecei a ver que essa fase nova [do sertanejo]
estava linda. A minha música "Tanta Saudade" (2001) seria parecida
com as sertanejas de hoje. Já sabia que eu voltaria para o romântico porque
estava compondo assim, então foi questão de trazer coisas novas para o
trabalho. O legal é você poder não se limitar nas coisas. Você não tem que
morrer com aquela opinião, você muda.
= Então você é uma
cantora sertaneja agora?
Sou uma cantora sertaneja, obrigada [risos]. Eu me considero sertaneja, romântica, o que as pessoas quiserem porque eu não vou me rotular. Assim posso brincar com vários estilos dentro de um trabalho. Nesse trabalho tem uma pegada sertaneja forte, então para o mercado rotular, sim, é sertanejo.
Sou uma cantora sertaneja, obrigada [risos]. Eu me considero sertaneja, romântica, o que as pessoas quiserem porque eu não vou me rotular. Assim posso brincar com vários estilos dentro de um trabalho. Nesse trabalho tem uma pegada sertaneja forte, então para o mercado rotular, sim, é sertanejo.
= Quando você tirou o Camargo do nome artístico foi para promover um reposicionamento de imagem. E agora você colocou o Camargo de novo...
Quero me reposicionar
com o português, com a música brasileira, porque o Camargo tem essa linguagem.
No pop eu precisava daquela linguagem mais simples e que conseguisse mostrar
para as pessoas que, musicalmente, era algo diferente. São dois alter egos,
tenho as duas [Wanessas], mas que não deixa de ser eu. É uma coisa legal porque
posso brincar com esses dois lados.
= Teve fãs da sua época pop-eletrônico que não aprovaram a mudança. O que você acha disso?
= Teve fãs da sua época pop-eletrônico que não aprovaram a mudança. O que você acha disso?
Tenho fãs do começo
da carreira que não aceitaram o pop na minha vida e se afastaram. Não me
criticaram, só me respeitaram. Hoje estou vendo uma volta muito legal desses
fãs que não estavam me acompanhando mais. Quando lancei "Fly", muita
gente que não gostava do meu trabalho começou a gostar. Sei que esses fãs estão
insatisfeitos, tristes, e só cabe a mim respeitar e entender a reação deles.
Espero que eles entendam que não é nada para magoar ninguém, mas que, como
artista, preciso dessa liberdade para ser feliz.
= Com o sucesso do
pop-funk, como Anitta e Ludmilla, você ficou com medo de não ter mais o espaço
que tinha? Isso influenciou na mudança?
Nunca acreditei que
não há espaço para alguém. Isso você cria com o seu merecimento, independente
de como está o mercado. Nunca acreditei que, só porque todo mundo canta funk,
eu estaria ferrada. Esse nunca foi meu motivo e nem nunca vai ser. A minha
preocupação é entregar um trabalho no qual eu acredito. Lógico que quero
aprovação do público, show lotado, me sustentar e ganhar dinheiro com o meu
trabalho. Mas para que isso aconteça eu tenho que estar satisfeita e feliz. As
pessoas falam de modinha, mas cabe a você saber o peso do que as pessoas falam.
E eu sei o que sou, sei a minha verdade.
= Tem gente falando
que você está no sertanejo porque o estilo está bombando e você está visando dinheiro.
O que você acha disso?
Sempre que as pessoas
não querem ouvir seu trabalho vão dizer que você segue modinha, mas sei o que
estou fazendo. Passei um ano e meio produzindo esse trabalho e essa é a minha
verdade. Como posso fazer algo que é mentira para mim? Se acham que é modinha
ou não, estou só fazendo o meu trabalho.
= Ainda existe uma
esperança dos fãs verem você dançando e cantando "Stuck On Repeat" e
"Shine It On" nos shows?
Você acha que eu não
vou cantar "Shine It On" no show? Vai ter o momento sofrência, o
momento "O Amor Não Deixa", o momento "Shine It On". Eu sou
isso, sou essa gama de músicas que sempre gravei e acreditei.
= Seu marido, Marcus
Buaiz, te ajudou muito a migrar para o pop. Esta nova fase também tem o dedo
dele agora?
Ele sempre respeitou muito as minhas vontades
artísticas e me ajudou a dar vazão a isso, de como chegar a um produto para as
pessoas. Piro nas minhas músicas, vou artisticamente criando, então ele me ajuda.
Ele é o meu maior parceiro.
= E quem é Wanessa Carmargo hoje, aos 33 anos, e prestes a lançar um novo álbum?
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