BOA NOITE
NOTÍVAGOS...QUANDO DIZEM QUE NÃO HÁ PAIS NO MUNDO MAIS CULTURAL QUE O BRASIL,EU COMEÇO A PENSAR QUE NÃO MESMO,APROVA DISSO É GRUPO DE RAP, BRÔ MC'S,UM GRUPO FORMADO POR QUATRO GAROTOS INDÍGENAS,QUE USAM A MODERNIDADE DO RAP,PARA PROTESTAR COM SUAS MUSICAS AS DIFICULDADES DA VIDA DOS INDÍGENAS NO BRASIL.O SOM ORIGINAL E ÚNICO DOS BRÔ MC'S MISTURA O PORTUGUÊS COM A LÍNGUA GUARANI. O GRUPO É O GRITO DOS JOVENS GUARANI-KAIOWÁ TENTANDO SOBREVIVER NA CAPITALISTA SOCIEDADE DO HOMEM BRANCO,ELES ESTÃO BOMBANDO NAS REDES SOCIAIS,E COM SUAS MUSICAS FORTES E REALISTAS,OS GAROTOS ESTÃO CONQUISTANDO MAIS FÃS PELO BRASIL A CADA DIA,ENTÃO CONHEÇAM MELHOR ESSE CONSCIENTIZADOR GRUPO DE RAP,OS BRÔ MC'S...
Brô MC’s é o primeiro
grupo de rap indígena do Brasil. Utilizam em suas músicas rimas que mesclam o
português com o idioma guarani e as divulgam em vídeos nas redes sociais, com o
objetivo de aproximar os não índios de assuntos que abordam lutas, anseios, conquistas
e vitórias dos povos indígenas de todo o Brasil. Os integrantes do Brô MC’s
vivem na aldeia Jaguapirú Bororó em Dourados (MS), a mais populosa e violenta
da região fronteiriça entre Brasil e Paraguai, e utilizam o rap como ferramenta
de defesa e denúncia contra o preconceito e racismo. Trazem toda a desenvoltura
dos jovens indígenas para cativar e encher ouvidos, olhos e corações por onde
cantam, mostrando por meio do rap indígena suas vivências, seus sonhos e a
representação não apenas dos guaranis e kaiowá, etnias das quais são
pertencentes, mas de todas as etnias do Brasil e da América Latina.
Os olhos do índio
Bruno Verón dizem que algo na aldeia não vai bem. Junto a três outros jovens da
mesma tribo, ele tranca o sorriso, amarra o Nike e mira o alvo: o governador de
Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. André está sentado na primeira fileira ao
lado do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, e de vereadores que inauguram com
festa e discursos a Vila Olímpica Indígena da região, um espaço esportivo com
campo de futebol e quadras de basquete. Bruno terá sua chance logo depois das
meninas dançarinas da etnia terena. Assim que o locutor anuncia a entrada de
seu grupo de rap, o Brô MC"s, o índio procura pelo governador na platéia e
joga a lança: "Esta vai pra vocês que não conhecem nossa realidade, que
não sabem dos nossos dilemas. Aldeia unida mostra a cara! A real que Bruno
canta forte, em uma mistura de guarani e português, está bem perto daquele
complexo esportivo de R$ 1,6 milhão cheirando a tinta. Sua casa de quatro
cômodos é dividida entre ele, a mãe, o pai e cinco irmãos. O avô morreu
espancado supostamente por capangas de fazendeiros que queriam os indígenas
longe dali. O irmão mais velho escapou por pouco, mas leva um projétil alojado
na perna. Na casa dos Verón, arroz e feijão são lei. Carne, pouca. Salada,
"coisa de paulista". Mandioca brota no quintal. Banho, só de caneca.
A geladeira está quebrada. A TV funciona. O Playstation, também. E sempre, a
qualquer hora, os celulares dos garotos tocam Eminem, Snoop Doggy, Racionais,
MV Bill e Fase Terminal.
O ritmo duro e
constante de uma expressão 90% percussiva estaria facilmente em um ritual
caiová. "Eu não pensava nessas coisas antes do rap. Ele que me fez ver
nossa situação", diz Bruno Verón. Foi em Bruno e no seu irmão Clemerson
que o ritmo bateu primeiro. "É nossa chance de sermos ouvidos fora da
aldeia", diz o líder. Kelvin e Charles, os outros dois integrantes e
também irmãos entre si, foram recrutados na escola. Apesar dos nomes, todos são
legítimos guarani-caiovás. Há muitos jovens registrados com "nomes
brancos" na aldeia, como se percebe em uma conversa rápida com os garotos
sobre rock and roll. "E vocês conhecem os Beatles?" "Sim, o John
Lennon mora logo ali", fala Charles, apontando para a vizinhança. Ele ri,
mas é sério. John Lennon, Elton John, Jack, Jackson e Sidney Magal são índios
de 16, 17 e 18 anos que também escutam rap.
Os meninos andam pela reserva com camisetas do Eminem e dos Racionais MC"s, tênis de basquete, bonés coloridos e celulares tocando rap. Quando se encontram, tocam as mãos abertas e depois fechadas como se faz na cidade. Muitos aprendem a dançar break em oficinas ministradas pela Cufa (Central Única de Favelas). Em uma delas, Higor Marcelo, cantor do grupo Fase Terminal, conheceu os garotos e passou a produzi-los. "Fiquei maravilhado quando ouvi", diz. Higor fez um CD demo dos garotos e agora fecha a produção para o fim do ano de um primeiro disco do Brô MC"s.
ENFIM GALERA...O RAP DELES É MUITO LEGAL,MAS É A CULTURA INDÍGENA NO BRASIL É MUITO ESQUECIDA,TANTO QUE QUASE NINGUÉM SABE QUE DATA SE COMEMORA O DIA DO ÍNDIO,QUE É 19 DE ABRIL,OS BRÔ MC'S EM POUCO TEMPO JÁ APARECERÃO EM ALGUNS PROGRAMAS DE TV PELA ORIGINALIDADE, MAS SE VCS AINDA NÃO OUVIRAM O SOM DELES,CONFIRAM AI ALGUNS DE SEUS VÍDEOS,VLW GALERA ATE:Os meninos andam pela reserva com camisetas do Eminem e dos Racionais MC"s, tênis de basquete, bonés coloridos e celulares tocando rap. Quando se encontram, tocam as mãos abertas e depois fechadas como se faz na cidade. Muitos aprendem a dançar break em oficinas ministradas pela Cufa (Central Única de Favelas). Em uma delas, Higor Marcelo, cantor do grupo Fase Terminal, conheceu os garotos e passou a produzi-los. "Fiquei maravilhado quando ouvi", diz. Higor fez um CD demo dos garotos e agora fecha a produção para o fim do ano de um primeiro disco do Brô MC"s.
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