Boa Noite
Notívagos...Que a Rica Cultura Indígena do Brasil é Historicamente ignorada,Todo Mundo Já sabe,mas nada Supera a Trágica historia do chamado: Índio do Buraco. O misterioso Índio do Buraco é a
denominação dada ao último remanescente de uma etnia indígena desconhecida que
foi massacrada por fazendeiros e grileiros de terra durante as décadas de 1980
e 1990. A
partir de então o homem, que estima-se tenha nascido por volta de 1960, passou
a perambular sozinho na região amazônica situada a oeste de Rondônia, próxima à
cidade de Corumbiara. Sua alcunha é advinda
de um buraco com cerca de um metro de comprimento, meio de largura e mais de
três de profundidade, que sempre é encontrado dentro das cabanas de palha
construídas pelo índio. Registros da Funai acerca de sua existência datam de
1996, mas apenas no ano seguinte é que agentes da fundação conseguiram travar
contato visual com ele. Apesar de nunca terem se comunicado com o homem,
especula-se, a partir de vestígios e relatos de tribos conhecidas da região,
que sua família tenha sido assassinada em 1995 por interessados em se apossar
de terras indígenas ainda não-demarcadas. Esta mesma razão motivou durante anos
o genocídio de incontáveis povos nativos da região amazônica.
Em 1986, diversos
relatos sobre o massacre na Rondônia de índios isolados e sem contato com a
civilização começaram a se espalhar. Os assassinatos teriam começado após a
construção de uma estrada no sul do estado durante os anos 70, e continuado na
década seguinte. A partir dos relatos, o então sertanista da Funai Marcelo
Santos, acompanhado do cineasta Vincent Carelli, seguiu para a região e
conseguiu filmar utensílios e vestígios da existência de uma antiga aldeia no
local, antes de ambos serem expulsos por fazendeiros e proibidos de voltar.
Desacreditado e acusado de "inimigo do desenvolvimento", Santos
deixou a fundação, e a história caiu no esquecimento. Em 1995, Santos
retorna à Funai, agora como chefe da área de isolados em Rondônia. Ele volta ao
local do massacre com Carelli em busca de sobreviventes, desta vez acompanhado
de jornalistas do diário O Estado de S.Paulo. A expedição provou a existência de
índios na região que, filmados e fotografados, foram parar nas primeiras
páginas dos principais jornais do Brasil. Os fazendeiros, por outro lado,
contestaram as imagens alegando se tratar de uma montagem feita pela Funai. A expedição continuou
sua busca por novos vestígios de povos massacrados e prováveis sobreviventes,
encontrando cabanas improvisadas feitas de palha, todas elas com um grande
buraco cavado em seu interior. Apelidaram então seu morador de "índio do
buraco", que tempos depois foi finalmente encontrado dentro de uma das
moradias, fugindo sem travar contato. Entre os registros de seu cotidiano estavam
uma pequena área de plantio utilizada para cultivar milho e mandioca,
armadilhas para caça e indícios de extração de mel de colmeias, além da citada
cabana com uma espécie de cova aberta presente na parte interior. Apesar de sua
utilidade permanecer desconhecida, esta última marca passou a servir para
identificar as aldeias destruídas da etnia da qual o homem isolado pertenceria.
Desde 1997, diversas expedições da Funai foram enviadas à Rondônia para se
inteirar da localização e condições de sobrevivência do índio. Foram todas
mal-sucedidas em se comunicar com ele, que evitava as abordagens, abandonava
suas roças e reagia de forma agressiva ao se sentir acuado, vindo inclusive a
disparar flechas contra os funcionários da fundação, ferindo um deles em 2006.
Após este episódio a Funai decidiu mudar de estratégia, interditando em 2007
uma área de 80
quilômetros em torno da região onde o homem vive,
monitorando sua perambulação e cuidando da proteção de sua reserva territorial restrita
exclusivamente a ele desde 1998 através de decretos governamentais. A única
forma de comunicação mantida com o índio foi o oferecimento de alimentos,
deixados no meio da floresta.
Em 2009, Vincent
Carelli lançou o premiado longa-metragem Corumbiara, com registros
cinematográficos dos povos indígenas isolados na região amazônica. Uma das
cenas do filme flagra um fazendeiro ameaçando atirar contra o Índio do Buraco
caso o avistasse. Em novembro do mesmo ano, um dos postos de vigilância da
Funai na reserva foi atacado e depredado por um grupo armado. O bando destruiu
uma antena de rádio, painéis solares, mesas, cadeiras, prateleiras e um fogão a
lenha, deixando ainda defronte à base dois cartuchos de espingarda deflagrados.
De acordo com a fundação, a ação foi obra de fazendeiros da região,
inconformados com a restrição de uso da terra indígena Tanaru, que possui 8.070 hectares e
fica próxima a Corumbiara. Vestígios observados no local indicam que o índio
teria sobrevivido ao ataque. Em janeiro de 2010, alertadas pelo atentado,
organizações de defesa dos índios divulgaram carta chamando atenção para as
condições críticas dos grupos isolados da Amazônia, em especial as tribos em
Rondônia. A mensagem, dirigida ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
reclamava ainda da ameaça aos grupos representada por construções no Vale do
Guaporé e no Rio Madeira. Em maio do mesmo ano, a ONU promoveu em Brasília uma
reunião de consulta sobre as diretrizes de proteção para os povos indígenas
isolados e em contato inicial da Amazônia e grande Chaco. Procuradores do
Ministério Público Federal afirmaram que a instituição tenta efetivar o
"princípio da precaução", de forma a evitar o contato e a alteração
das terras habitadas pelos índios, considerando a interdependência desses povos
com o meio ambiente em que vivem.
Enfim Notívagos...A história do indígena foi transposta para um
livro. Escrito pelo jornalista americano Monte Reel, a obra, intitulada The
Last of the Tribe: The Epic Quest to Save a Lone Man in the Amazon, foi lançada
em 2010 pela editora Simon and Schuster. Os direitos cinematográficos do livro
foram comprados por uma produtora de Hollywood, e em 2011 foi divulgado que um
filme estaria em processo de pré-produção, com seu roteiro em fase de
finalização.Vlw Galera Ate.
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